sábado, 29 de setembro de 2012

Mágoa...rancor....ironia...



Cada um vive e convive da maneira que dá conta. Cada um age e reage da maneira que acredita ser a melhor. Somos o que aprendemos ao longo da vida, com as situações e vivências pelas quais passamos.

Somos seres diferenciados, repletos de características únicas, mas por outro lado, existem grupos de pessoas que apesar de não serem completamente iguais, apresentam muitas características em comum.

Existem pessoas que apresentam uma enorme capacidade de superação, de não se deixarem abater facilmente. Passam muitas vezes por situações de vida desagradáveis, são tantas vezes injustiçadas e desrespeitadas, mas não perdem o otimismo, não desistem de acreditar. Geralmente são pessoas agradáveis, simpáticas, de bem com a vida

Outras desenvolvem um sentimento nocivo de vingança. Se tornam desagradáveis.

Os amargos e rancorosos, por exemplo. Amargura é um sentimento horrível de se carregar. Ele corrói a pessoa, causa imenso desconforto a quem insiste em cultivá-lo, e quase sempre atinge todos aqueles que convivem com o amargurado.

Algumas pessoas insistem em viver amargas, em cultivarem o rancor, em não conseguirem resolver os próprios problemas, em se recusarem a superar situações desagradáveis que viveram. Estas pessoas sempre demonstram uma necessidade imensa de espalharem pela vida afora todo o veneno que carregam, por serem rancorosas, por terem algum dia, passado por situações nas quais se sentiram agredidas.

E por se colocarem como incapacitadas de superação, se comportam de maneira até mesmo infantil, tamanha necessidade que demonstram ter em criar polêmicas, em causar desconforto, em horrorizar!

Muitas vezes assumem a postura de sempre serem sarcásticas, irônicas, debochadas. Desenvolvem muitas vezes, um apurado e sempre crítico senso de humor. Não aquele senso de humor saudável, agradável, e tantas vezes necessário nas mais variadas situações. Mas um senso de humor negro, carregado de premeditada maldade, direcionado sempre para atacar e ferir alguém.

Outras vezes, se tornam vingativas. Não conseguem superar o mal que sentiram um dia, diante de determinada situação. Não perdoam quem as fez se sentir humilhada, e o que é pior, passam a acreditar que todos são culpados pelo sofrimento que passou, e disparam agressões, em quem quer que seja, de variadas maneiras, sempre que conseguem uma oportunidade.

E quando não existe a oportunidade, insistem em criá-la. Só para satisfazerem a necessidade mórbida que sentem, em descontar, em propagar a frustração e o rancor que cultivam com muito cuidado e zelo.

Estas pessoas, muitas vezes chegam a ser inconvenientes, a criarem situações que surpreendem aos envolvidos, tamanha a aparente falta de lógica e de motivo para tanta agressividade e veneno que desprendem.

São movidas unicamente pelo desejo de vingança. Agem muitas vezes de forma maldosa, não por serem más, mas pela necessidade de se protegerem, de não deixarem transparecer exteriormente a imensa vergonha que sentem interiormente. Precisam aparentar que são inatingíveis, fortes e superiores, porque se sentem imensamente frágeis e inferiores.

Morrem de medo de serem descobertas!

Inove... Renove...



Perdemos às vezes tantas oportunidades excelentes de crescermos, de nos tornarmos melhores enquanto pessoas, devido a nossa rigidez, a nossa total inflexibilidade diante de opiniões diferentes da nossa.

Temos um hábito tão forte de nos agarrarmos ao que conhecemos (ou achamos que conhecemos), que resistimos em abrir mão, em nos desfazermos de tantas coisas que nos prendem, que nos sobrecarregam, que nos impedem de ir em frente, de conhecer novos lugares, novas pessoas.

De viver uma nova vida, uma vida realmente vivida. De realmente nos tornarmos pessoas melhores, mais leves, mais felizes.

Quantas vezes, por total pretensão de onipotência e prepotência (ou será por extrema insegurança?), simplesmente ignoramos, preferimos fazer de conta que não percebemos possibilidades que nos são oferecidas, ideias que nos são dadas por pessoas próximas?

Adotamos condutas intransigentes, prepotentes e insistimos tantas vezes em nos agarrar em ideias preconceituosas, muitas delas até mesmo ultrapassadas, nos fechando a qualquer possibilidade de renovação.

A nossa covardia nos paralisa, nos deixa acomodados. Não temos coragem de ousar, de inovar, de fazer diferente, mesmo quando experimentamos inúmeros fracassos e insatisfações diante da nossa insistência na repetição.

Nos fazemos de surdos, por pura conveniência, diante de qualquer nova ideia, principalmente quando ela é dada por alguém que tememos, alguém que sabemos ser capaz, e que nos amedronta, que nos faz sentirmos ameaçados com a sua inteligência, com a sua capacidade de inovação.

Optamos tantas vezes em permanecer agarrados nas nossas ultrapassadas convicções, simplesmente por comodismo.

Deixamos muitas vezes passar a oportunidade de resolver tantas situações incômodas, por preferir deixar como está, por acreditar que assim é mais fácil, dá menos trabalho.

Será?

Preferimos desviar o olhar, ou simplesmente tentar ignorar a beleza do novo, e as possibilidades que tantas vezes se abrem, muitas vezes por medo, outras por preguiça. E outras ainda, por total incapacidade de assimilar novas formas de viver, de fazer diferente, de fugir do habitual, mesmo que este habitual não nos satisfaça mais, há muito tempo.

Preferimos o antigo, muitas vezes comprovadamente insatisfatório e completamente incômodo.

Nos apegamos tantas vezes ao que já conhecemos, mesmo que por experiência própria sabemos ser péssimo. É péssimo, mais já sei como é, estou acostumada! E na maioria das vezes resisto em desacostumar!

Me obrigo a continuar me acomodando ao incômodo. Me recusando em perceber que, nem sempre, o mais fácil e o mais cômodo é necessariamente o melhor, o mais satisfatório!