segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Reclamar…Reclamar… | Revista Partes

Reclamar…Reclamar… | Revista Partes

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sol queima...


Queremos ser felizes. Ficamos por ai, tantas vezes nos esquivando de tudo que nos faz sofrer. Nos agarrando de uma maneira até mesmo desesperada, em tudo que nos parece ser capaz de atenuar um pouco a falta de felicidade que tantas vezes sentimos... E insistimos em não soltar...mesmo quando constatamos que não é bem aquilo que imaginávamos...que desejávamos...E como consequência, em busca do bem estar, muitas vezes, preferimos ter uma vida tão cheia de mentiras! Fazemos de tudo para alcançar a felicidade, a tranquilidade que tanto desejamos. De tudo mesmo... Até nos enganamos!Ou tentamos... E passamos a agir de forma tão negligente com as nossas percepções...Negamos inúmeras constatações...E ficamos tentando encontrar justificativas para tantas situações “estranhas”... Fazemos de conta que não ouvimos, que não enxergamos! Estamos tão carentes! Tão necessitados de ter alguém do nosso lado! Desenvolvemos um medo tão intenso da solidão!! Mas, um pavor tão grande, que tantas vezes nos coloca submissos, implorando a companhia de alguém. Mesmo que seja uma migalha insignificante de atenção, diante da enorme fome que sentimos, fazemos de conta que nos satisfaz. Desdenhamos o quanto podemos ser importantes, merecedores de um amor verdadeiro, de um relacionamento onde prevaleça o respeito. A sinceridade! Onde o sentimento seja limpo, transparente...e grande de verdade... O nosso cada vez maior sentimento de pequenez, nos faz tão coniventes com formas de relacionamentos tão pequenos... adoecedores... desrespeitosos. E nós vivemos gritando, implorando, suplicando que o outro me aceite, que não me abandone, que fique comigo. E assim, desprovidos de amor próprio, ainda pensamos que é possível, ser amado por alguém. Tentamos negar a lógica incontestável, que só seremos amados, a partir do momento que nos amarmos de verdade... E nesta tentativa desesperada de nos enganar, conseguimos justamente o que num primeiro momento, acreditávamos estar evitando: uma vida pequena, um mal estar constante. Uma solidão incômoda...é...porque a pior solidão que podemos sentir,é quando acreditamos que estamos acompanhados...mas na realidade,não estamos...Dores físicas, as mais variadas, que nos levam a tornar hábito, o uso de tantos ¨remedinhos¨! A cabeça que insiste em sempre doer, resultante da tensão que acumulamos, cada vez que compactuamos com alguém que nos desrespeita (o analgésico está sempre na bolsa, ou no bolso). Dificuldade para dormir (algum remedinho também nos socorre). Apetite, mas falta de vontade de comer (como se a garganta estivesse fechada. Talvez até esteja, pelo tanto que nos obrigamos a engolir!). Por medo da queimadura, usamos uma peneira e nos fazemos acreditar que estamos protegidos do sol forte, na ilusória sombra! E queimadura de sol dói tanto! Incomoda! Causa mal estar!!
  E vamos vivendo assim! Ou pelo menos tentando nos convencer que estamos vivendo...E tem tanta vida por aí para ser vivida...plenamente...de verdade...com alegria...Tanto amor para ser compartilhado...verdadeiro...saudável...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Como quero...


Eu quero tanto estar num mundo melhor de verdade!
Eu quero tanto um mundo onde eu possa sempre viver e sentir bem estar. Não quero mais ter a sensação que estou sobrevivendo e ter que me sentir constantemente amedrontada! Ter que ficar em estado de alerta a maior parte do tempo. Preocupada!
Eu quero um mundo onde as pessoas que o habitam, sejam sempre e em qualquer circunstância, sinceras. Não quero a todo momento sentir apreensão e preocupação.
Quero simplesmente me sentir feliz, e não ter que duvidar daquele sorriso que recebi de alguém, nem muito menos não poder confiar nas palavras que ouvi das pessoas.

Quero não ter que sempre ficar alerta, atenta e desconfiada de tudo. E muito menos de todos! Até porque, não consigo!
Admito que não prestei atenção, nem tive interesse em assimilar a lição no que chamam escola da vida, que ensina que devemos desconfiar sempre. Até que já estou bastante tempo nesta escola, mas esta matéria não conseguiu despertar nenhum interesse da minha parte. Resultado, tentei prestar atenção, entendi como é, mas não aprendi. E acho que nunca vou aprender, porque confesso que não quero mesmo, não tenho nenhum interesse em aprender! Não quero fazer parte desta turma que não só aprendeu, como também insiste em forçar outras pessoas a aprenderem, através da prática de como ser dissimulado e falso. De como viver sempre preocupado apenas em ¨se dar bem¨, que para muitos, se tornou sinônimo de passar alguém para trás!

Quero conviver com pessoas autênticas, sinceras. Pessoas afetuosas de verdade. Delicadas, gentis! Pessoas cujas demonstrações de carinho sejam apenas isso mesmo, ou seja, demonstrações de bem querer, de apreço, de respeito. E não uma artimanha planejada e usada simplesmente para ganhar a minha confiança, e depois tirar algum proveito disso.


Um mundo onde as pessoas tenham genuíno respeito umas pelas outras. Por nada não, apenas por gostarem de ser respeitadas e por entenderem que todos merecem igualmente serem respeitadas. Por aceitaram a lógica incontestável, que apesar de sermos seres individuais e complexos, existe uma grande possibilidade de termos muito em comum. Que o que me aborrece e me incomoda, pode também, com grande possibilidade, aborrecer e incomodar o outro.
Ou seja, neste mundo que quero viver, as pessoas vão ter sempre a preocupação de se colocarem no lugar do outro quando forem agir, e assim, vão ser muito mais cuidadosas com as atitudes do dia a dia.
O egoísmo e o individualismo vão ser rejeitados por todos. De tal forma, que vão perder o sentido e o espaço nas relações.

Os habitantes do meu mundo sabem que só se consegue viver em harmonia e tranquilidade, quando se enxerga o outro, quando se vive realmente em sociedade. Quando se aceita a verdade incontestável, que qualquer comportamento que se tenha, desencadeia alguma reação, influencia o resultado final.

Que não tenha segunda intenção em nenhum comportamento dirigido ao outro. Que as pessoas que se apresentem como sendo do bem, com intenções boas, sejam do bem de verdade, e não apenas personagens fictícios. Vilões falsos e ardilosos, mal intencionados.
Sei que existem muitas, mas muitas pessoas que querem exatamente isso também. Por que será então que não é assim?

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

E vivemos assim... ou não???

  Interessante, como que habitualmente, muitos de nós, optamos em conduzir nossa vida agindo e interagindo de formas contrárias ao nosso real desejo. Inúmeras vezes traçamos os nossos caminhos para chegarmos a lugares opostos ao que realmente desejamos ocupar.

  Temos optado em viver, nos esquecendo de que o eco é um fenômeno da natureza, e de que fazemos parte dela, ou seja, a todo o momento, existe a possibilidade de retorno para as nossas atitudes.

  Estamos nos posicionando na vida, de uma maneira tão indiferente, quando na verdade temos tanta necessidade de sermos notados!

  Todos nós desejamos muito sermos respeitados, mas cada vez nos desrespeitamos mais.

  Precisamos tanto de verdades, mas estamos nos habituando a viver mentindo.         Ansiamos tanto por paz e declaramos tantas guerras!

  Sonhamos tanto com o amor e a harmonia, mas vivemos constantemente brigando, demonstrando raiva!

   Internamente, percebe-se uma alarmante diminuição da autoestima, ocasionada pela alta competitividade imposta pela mídia e que facilmente assimilamos e introjetamos, justamente devido à enorme carência que predomina.

  Externamente, somos a todo momento aterrorizados por notícias e imagens que chegam até nós e nos amedrontam diante da constatação da nossa fragilidade.

  Corremos na vida procurando excessivamente uma segurança material e quase sempre o que conseguimos alcançar, é uma dolorosa insegurança pessoal (tanto interna quanto externa), um sentimento imenso de vazio, de ausência, de falta. Devido a isso, é comum nos sentirmos fragilizados, carentes e perdidos, o que nos torna vulneráveis e propícios a seguirmos de maneira submissa qualquer possibilidade de solução que nos for apresentada de forma consistente. Como consequência, somos facilmente atingidos pelas cobranças que nos são impostas para correspondermos às expectativas que acabamos por acreditar serem importantes e imprescindíveis para sermos aceitos e encontrarmos a felicidade. Estas cobranças são feitas de uma maneira tão convincente, que na maioria das vezes, passamos realmente a acreditar que correspondê-las é extremamente necessário e fundamental para que sejamos amados e aceitos.

  E o resultado, é que muitas vezes nos perdemos de nós mesmos e conseguimos na verdade, carregar um sentimento de vazio, uma profunda insatisfação e uma dolorosa solidão, pois passamos a ser surdos e cegos aos nossos reais anseios de uma maneira tão profunda que nos tornamos muitas vezes, uma pessoa desconhecida, um estranho para nós. Sofremos com uma doída sensação de abandono, de solidão. E com a pior solidão que existe: a de nós mesmos!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Gente grande pequena....

E as pessoas repetem de maneira igual, comportamentos que repudiam e condenam no outro. Impressionante a facilidade que tantas pessoas demonstram ter, em aceitarem, por exemplo, provocações. Aceitam, se irritam, criticam quem as provocam...mas, o mais interessante, é que,  assim que podem, ou que acreditam que podem, buscam maneiras para revidarem... Para responderem... E por incrível que possa parecer, não fazem diferente... E facilmente, se esquecem de todas as críticas que fizeram, aos comportamentos de quem lhes provocava, lhes incomodava, lhes desrespeitava... E provocam...incomodam...desrespeitam...  Sei lá...Antigamente, quando eu era criança, tinha uma admiração tão grande pelos adultos. Acreditava que , se tornar adulto, automaticamente, representava deixar de se ter certos comportamentos infantis. Mas que nada!

Agora, que pela força das circunstancias, convivo no meio de adultos(e sou uma?), me deparo com cada situação tão infantil, mas acontecendo com gente em tamanho bem maior, do que aquele que eu presenciava, quando era criança. Adultos também protagonizam briguinhas bastante parecidas com aquelas, que eu pensava serem apenas de crianças. Gente “grande”  para de falar com o outra gente “grande”, pelos motivos mais banais... Nestas situações, me vem a mente, o comportamento de criança, naquele “belém belém, nunca mais fico de bem”. Seria até divertido, engraçado, mas não tem como ser, pois nestas situações, no mundo adulto, muita coisa séria, “adulta” está envolvida.

As consequencias deste “belém belém”, entre pessoas supostamente adultas, costumam ser graves, já que a maioria de relacionamentos entre gente grande, é complexo, sério, grande... E envolver muitas outras pessoas. Ou seja, muitas vidas costumam direta, ou indiretamente sofrerem consequencias deste “belém belém” E o tal do emburrar? Ficar com raiva, e “fechar a cara”?Fazer birra... Nossa! Como acontece... Entre casais, então... E mais uma vez, é complicado...sério...grave. Muito complicado mesmo.  Pois costumam ter filhos. E com toda certeza, crianças pequenas, não se sentem nem um pouco confortáveis, ou tranquilas, quando convivem com esta situação, vendo gente grande brigando, de “mal”.  A mãe “emburrada” , fazendo birra, com o pai, ou vice versa, é péssimo para os filhos.

Fico pensando, que devia haver algum dispositivo no ser humano, que regulasse a capacidade para ser pai ou mãe. Assim como, é necessária a maturidade biológica para reproduzir, deveria ser necessária e imprescindivel também, a maturidade emocional... Ou seja, pessoas emocionalmente infantis, embora biologicamente adultas, ‘grandes”, não teriam filhos... Não poderiam gerar gente pequena...As crianças de verdade, com toda certeza, seriam poupadas de tantas angustias...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Problemas???

Você vive tendo problemas! Não consegue entender o motivo (ou os motivos) de não conseguir viver com tranquilidade, sossego! Não gosta de admitir, mas algumas vezes, sente uma inveja danada das pessoas com as quais convive, pois já percebeu que nenhuma delas tem tantos problemas como você. Bom, pelo menos não falam a respeito. Você não! Reclama, sofre. Também, seus problemas são tantos, tão graves e tão grandes, que você nem consegue não falar deles. Afinal, amigos são para isso mesmo: para nos ouvir quando não estamos bem. O problema, é que você raramente está bem. A culpa não é sua, e sim desta vida sofrida que você leva. Quem dera se você conseguisse viver com tranquilidade!? Costuma dizer que nem consegue chorar mais, que a impressão que tem, é que suas lágrimas secaram, de tanto que já chorou nesta vida! Mas a expressão de vítima, de sofredor, está aí! Bem visível e marcante no seu rosto, e no seu corpo também. É tanto sofrimento, que seu sorriso não resiste, e quase nunca aparece nos seus lábios. É tanto peso para carregar nesta sua vida sofrida, mas tanto, que não tem como seus ombros não se arquearem!
Constantemente se sente apreensivo, com vários problemas perturbando sua vontade (?) de viver bem!? Não se lembra da última noite que conseguiu dormir completamente relaxado, sem uma preocupação que seja, na cabeça, lhe perturbando, lhe atrapalhando o sono. E olha que já são vários anos assim! Problema atrás de problema. Não consegue nunca se organizar! Já tem tanto tempo que se sente sofredor, que constantemente repete que já está quase perdendo as esperanças, que já chegou ao seu limite de tolerância para tanto sofrer! Mesmo repetindo isto constantemente, seu sofrimento não acaba. A cada dia, descobre que seu limite é bem mais extenso que você imaginava! Parece que esta descoberta até lhe faz um pouco feliz! Nossa, sou bem forte mesmo!? Apesar de tanto sofrimento, ainda consigo forças para continuar! Se identificou bastante com aquela peça publicitária que dizia que brasileiro não desiste nunca!
Quando lembra disso, sente até um pouco de alívio e se conforta dizendo: é, sou brasileiro e não desisto nunca! Talvez seja importante, você refletir um pouco sobre como tem conduzido sua vida. Precisa esclarecer se vive tendo problemas, ou se vive para ter problemas. Algumas muitas pessoas são assim! Fazem da vida um constante caminho para viver sem sossego. Se acostumam e até mesmo passam a gostar de problemas. Conduzem a vida, correndo em busca da falta de sossego (não correm atrás, para sempre estarem por perto, do lado de alguma confusão). Parece que se treinaram, para sempre ter problemas, e se recusam a esquecer este treinamento. Estranho e quase impossível pensar nisso, e mais estranho ainda, constatar que existem pessoas que são assim. Se relacionam com as dificuldades, os imprevistos e os obstáculos da vida, como se precisassem deles, como se fossem o combustível para viverem. Tratam os problemas com um cuidado e um zelo, que até impressiona! É um casamento eterno!
Imprevistos são comuns na vida de todos nós. Ninguém passa por aqui, por este planeta, sem ter que eventualmente se deparar, se esforçar para superar e vencer os obstáculos. Fases difíceis também acontecem na vida de todos nós.
O problema é que algumas pessoas, pelos mais variados motivos, se encantam por estas fases. E estacionam nelas. Não aceitam que sejam só fases passageiras, mas se esforçam para torná-las eternas. Se apaixonam pelos problemas e ficam fascinadas com os imprevistos. E não conseguem mais viver sem eles. Demonstram um encantamento imenso, em falar dos seus problemas, em repetir mil e uma vezes aquela situação de vida que um dia aconteceu (mas não passou, pelo menos na sua lembrança) em sua vida, e lhes causou grande sofrimento. Parece que o prazer em falar desta fase ruim é maior, principalmente quando estão sem nenhum problema, quando estão naquela fase boa. Precisam sempre reforçarem a lembrança. Lembrando, relembrando e até mesmo conseguindo despertarem aquele sentimento de angústia e sofrimento vivido naquela época. Para não se esquecerem nunca! Para não perderem a posição de vítimas, de sofredoras.
Dependendo da situação, esta posição é bastante conveniente, e proporciona algum ganho! Ou muitos!!!

Folgado!!


Carlos, como sempre, saiu de casa apressado. Detestava ter que ir ao centro! Mas naquele dia, não tinha como escapar. Precisava ir pessoalmente ao banco, resolver alguns problemas. Já estava irritado, quando, ao abrir a porta da sua garagem, se deparou com um carro parado bem em frente.
 –Desculpa aí. Já estou saindo. Parei aqui um segundinho só, para esperar a minha irmã que está na casa aqui da frente, que é de uma amiga dela. O senhor vai sair? Dá um segundinho só, para eu descer o carro um pouco.
Carlos xingou, esbravejou. –Com tanta vaga por aí, teve que parar bem em frente a minha garagem? Folgado. O rapaz já não o ouvia mais. Soltou o freio de mão, e deixou o carro descer um pouquinho, liberando assim a frente da garagem do Carlos.
 –Nossa, que senhor mais estressado! Logo pela manhã, nesta irritação!
-Que rapaz mais folgado! Tinha que estacionar bem em frente da minha garagem?
-Carlos ligou o carro, saiu da garagem, acelerou, e foi embora. Não sem antes parar ao lado do carro do rapaz, xingar bastante. Para demonstrar o quanto estava irritado, saiu cantando os pneus. E bem rápido! Tão rápido, que nem parou na esquina, e quase provocou um acidente com um outro carro que passava. Durante o trajeto, Carlos foi ruminando sua raiva. Pensava na atitude folgada daquele rapaz, de como as pessoas estão ficando cada vez mais egoístas. Concluiu que é devido a atitudes assim, que o mundo está cada vez mais estressante e caótico. Ficava realmente indignado quando era vítima destes espertinhos! Chegou na rua onde ficava o banco que precisava ir. Procurou por uma vaga, e como já antevia, desde que saiu de casa, esta seria uma procura exaustiva. E irritante! Ai! Se ele pudesse, não teria nem mesmo saído de casa. Algumas motos estavam paradas de tal maneira, que ocupavam praticamente a vaga de um carro. Quanto egoísmo! Pensou Carlos. São estas pessoas individualistas que colaboram para este caos que está o trânsito. Depois de perambular por alguns quarteirões, avistou uma vaga. Quando chegou perto, nem mesmo se preocupou em ligar a seta(na opinião dele, seta deveria ser acessório opcional para carro), avisando sua intenção. Estava com pressa! Colocou a frente do carro já direcionada para entrar. Havia um outro carro, um pouco a frente, com a seta indicando que iria manobrar para estacionar naquela vaga. Carlos fez de conta que não viu. Entrou com o carro, estacionou. O motorista da frente ainda buzinou desesperado. Carlos fingiu que não ouviu. Desceu do carro, ligou o alarme e foi caminhando em direção ao banco, sem olhar para trás.
-Quem manda ser roda dura? Eu entrei primeiro, portanto! Não sei qual o motivo desta irritação! Moço estressado! Nossa, e logo pela manhã já está assim! Carlos, na verdade, deu até um sorrisinho. Sentiu uma pontinha de satisfação.Tinha sido mais esperto que o outro motorista. Estava até mesmo orgulhoso. Quando se encontrasse com os colegas, não perderia a oportunidade de contar aquele episódio, contando o quanto foi esperto, morrendo de rir. É sempre engraçado e muito satisfatório passar alguém para trás!!!!!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Você pode colaborar...

A maneira como tem caminhado o mundo, muitas vezes, nos deixa com uma sensação incômoda de desânimo. São vários acontecimentos diários que presenciamos, ou que ficamos sabendo, que nos causam profunda indignação e nos deixam surpresos. Assustados...Muitos deles chegam a nos causar até mesmo desespero, tamanho absurdo nos parecem. É aquela pessoa que se aproveita, por exemplo, do cargo que ocupa para trapacear os outros, para humilhar e diminuir os que trabalham com ela, ou que precisam dos serviços dela. Ou ainda, são pessoas que tratam mal os familiares, principalmente quando dependem financeiramente delas. Mas, não podemos nos esquecer que o mundo é formado por pessoas.
E você leitor, é uma pessoa, portanto, faz parte dele! Você pode quebrar a corrente, dando a sua colaboração (ou fortalecê-la ainda mais,repetindo vários comportamentos que considera absurdos no outro). Fazendo diferente de tudo aquilo que você condena. Se negando a repetir com o outro, comportamentos que lhe causaram mal estar.Por exemplo, você gosta de ser enganado, de ser traído? Com toda certeza, sua resposta é não! Então, procure lembrar-se sempre disso, e encaminhe sua vida guiado pela ética, pela verdade, pois assim, você não vai precisar enganar ou trair ninguém! Nem você mesmo! Você se sente bem, quando é desrespeitado, quando não tem o seu valor reconhecido? Mais uma vez, posso afirmar que sua resposta também é não! Portanto, preste atenção na maneira que você tem conduzido seus relacionamentos, na forma como você tem se posicionado diante das pessoas,
Nas situações que  Quando, por necessidade profissional, ou mesmo por envolvimento afetivo, é necessário conviver com pessoas prepotentes e arrogantes, que se dirigem a você de forma autoritária, gritando, sem um mínimo cuidado com seus sentimentos? Eu tenho certeza, que você, assim como eu, considera a convivência com pessoas que agem assim, horrível, extremamente desgastante e nociva. Preste atenção nos seus relacionamentos, para não repetir. Repare em como você se dirige às outras pessoas. Que postura de corpo você adota, qual o tom de voz você usa, quais as palavras você pronuncia, que gestos você direciona para o seu interlocutor... São pequenos detalhes, mas que dizem muito! Que podem provocar um profundo bem estar, quando você conduz seus relacionamentos, pautados pelo respeito, pela verdade, pelo cuidado, e mais que tudo isso, pela capacidade de se colocar no lugar do outro... Ou ainda, um mal estar extremamente desagradável, quando você se “esquece” de considerar e respeitar o outro...  Igual, ou bastante parecido com o sentido por você, quando vivencia uma situação igual...

sábado, 29 de setembro de 2012

Mágoa...rancor....ironia...



Cada um vive e convive da maneira que dá conta. Cada um age e reage da maneira que acredita ser a melhor. Somos o que aprendemos ao longo da vida, com as situações e vivências pelas quais passamos.

Somos seres diferenciados, repletos de características únicas, mas por outro lado, existem grupos de pessoas que apesar de não serem completamente iguais, apresentam muitas características em comum.

Existem pessoas que apresentam uma enorme capacidade de superação, de não se deixarem abater facilmente. Passam muitas vezes por situações de vida desagradáveis, são tantas vezes injustiçadas e desrespeitadas, mas não perdem o otimismo, não desistem de acreditar. Geralmente são pessoas agradáveis, simpáticas, de bem com a vida

Outras desenvolvem um sentimento nocivo de vingança. Se tornam desagradáveis.

Os amargos e rancorosos, por exemplo. Amargura é um sentimento horrível de se carregar. Ele corrói a pessoa, causa imenso desconforto a quem insiste em cultivá-lo, e quase sempre atinge todos aqueles que convivem com o amargurado.

Algumas pessoas insistem em viver amargas, em cultivarem o rancor, em não conseguirem resolver os próprios problemas, em se recusarem a superar situações desagradáveis que viveram. Estas pessoas sempre demonstram uma necessidade imensa de espalharem pela vida afora todo o veneno que carregam, por serem rancorosas, por terem algum dia, passado por situações nas quais se sentiram agredidas.

E por se colocarem como incapacitadas de superação, se comportam de maneira até mesmo infantil, tamanha necessidade que demonstram ter em criar polêmicas, em causar desconforto, em horrorizar!

Muitas vezes assumem a postura de sempre serem sarcásticas, irônicas, debochadas. Desenvolvem muitas vezes, um apurado e sempre crítico senso de humor. Não aquele senso de humor saudável, agradável, e tantas vezes necessário nas mais variadas situações. Mas um senso de humor negro, carregado de premeditada maldade, direcionado sempre para atacar e ferir alguém.

Outras vezes, se tornam vingativas. Não conseguem superar o mal que sentiram um dia, diante de determinada situação. Não perdoam quem as fez se sentir humilhada, e o que é pior, passam a acreditar que todos são culpados pelo sofrimento que passou, e disparam agressões, em quem quer que seja, de variadas maneiras, sempre que conseguem uma oportunidade.

E quando não existe a oportunidade, insistem em criá-la. Só para satisfazerem a necessidade mórbida que sentem, em descontar, em propagar a frustração e o rancor que cultivam com muito cuidado e zelo.

Estas pessoas, muitas vezes chegam a ser inconvenientes, a criarem situações que surpreendem aos envolvidos, tamanha a aparente falta de lógica e de motivo para tanta agressividade e veneno que desprendem.

São movidas unicamente pelo desejo de vingança. Agem muitas vezes de forma maldosa, não por serem más, mas pela necessidade de se protegerem, de não deixarem transparecer exteriormente a imensa vergonha que sentem interiormente. Precisam aparentar que são inatingíveis, fortes e superiores, porque se sentem imensamente frágeis e inferiores.

Morrem de medo de serem descobertas!

Inove... Renove...



Perdemos às vezes tantas oportunidades excelentes de crescermos, de nos tornarmos melhores enquanto pessoas, devido a nossa rigidez, a nossa total inflexibilidade diante de opiniões diferentes da nossa.

Temos um hábito tão forte de nos agarrarmos ao que conhecemos (ou achamos que conhecemos), que resistimos em abrir mão, em nos desfazermos de tantas coisas que nos prendem, que nos sobrecarregam, que nos impedem de ir em frente, de conhecer novos lugares, novas pessoas.

De viver uma nova vida, uma vida realmente vivida. De realmente nos tornarmos pessoas melhores, mais leves, mais felizes.

Quantas vezes, por total pretensão de onipotência e prepotência (ou será por extrema insegurança?), simplesmente ignoramos, preferimos fazer de conta que não percebemos possibilidades que nos são oferecidas, ideias que nos são dadas por pessoas próximas?

Adotamos condutas intransigentes, prepotentes e insistimos tantas vezes em nos agarrar em ideias preconceituosas, muitas delas até mesmo ultrapassadas, nos fechando a qualquer possibilidade de renovação.

A nossa covardia nos paralisa, nos deixa acomodados. Não temos coragem de ousar, de inovar, de fazer diferente, mesmo quando experimentamos inúmeros fracassos e insatisfações diante da nossa insistência na repetição.

Nos fazemos de surdos, por pura conveniência, diante de qualquer nova ideia, principalmente quando ela é dada por alguém que tememos, alguém que sabemos ser capaz, e que nos amedronta, que nos faz sentirmos ameaçados com a sua inteligência, com a sua capacidade de inovação.

Optamos tantas vezes em permanecer agarrados nas nossas ultrapassadas convicções, simplesmente por comodismo.

Deixamos muitas vezes passar a oportunidade de resolver tantas situações incômodas, por preferir deixar como está, por acreditar que assim é mais fácil, dá menos trabalho.

Será?

Preferimos desviar o olhar, ou simplesmente tentar ignorar a beleza do novo, e as possibilidades que tantas vezes se abrem, muitas vezes por medo, outras por preguiça. E outras ainda, por total incapacidade de assimilar novas formas de viver, de fazer diferente, de fugir do habitual, mesmo que este habitual não nos satisfaça mais, há muito tempo.

Preferimos o antigo, muitas vezes comprovadamente insatisfatório e completamente incômodo.

Nos apegamos tantas vezes ao que já conhecemos, mesmo que por experiência própria sabemos ser péssimo. É péssimo, mais já sei como é, estou acostumada! E na maioria das vezes resisto em desacostumar!

Me obrigo a continuar me acomodando ao incômodo. Me recusando em perceber que, nem sempre, o mais fácil e o mais cômodo é necessariamente o melhor, o mais satisfatório!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Natural não! Habitual!



Estamos descobrindo que muitas das verdades que considerávamos incontestáveis, são mentiras, e que valores básicos de ética que assimilamos ao longo da vida, estão ultrapassados ou extintos.

É cada vez mais predominante o desleixo por valores éticos, que fica parecendo que se busca justamente a extinção desses conceitos como balizadores do comportamento humano.

Agir de maneira egoísta, mal educada, com total grosseria nos nossos atos e nas nossas falas está se tornando tão habitual, que quase nos convence que tudo isto é natural, que estas são as maneiras certas de agir.

Fica parecendo que o errado passou a ser certo, que conceitos básicos de cidadania, de respeito pelo outro, de boa convivência social, são antinaturais.

Que é natural ser desonesto, agir com total falta de respeito por quem quer que seja, sair gritando e esbravejando por qualquer coisa, ou começar uma briga pelos mais insignificantes motivos. E isto tantas vezes nos deixa com uma desagradável sensação de que estamos ultrapassados, que os valores que norteiam a nossa vida são obsoletos.

Ser mal educado, maltratar o outro, enganar, ser ‘esperto’ é mais importante.

Levar vantagem sempre, em qualquer circunstância (mesmo quando sabemos que estamos errados!), não aceitar levar ‘desaforo’, cultivar o egoísmo, ser arrogante, ostentar uma falsa aparência!

Não ser sincero, e se aproveitar de todas as maneiras possíveis de quem se atrever a ser correto.

Nunca ser gentil e muito menos educado, para não fazer papel de bobo, para não ser passado para trás.

Ter ambição, não a saudável que nos impulsiona e nos faz ultrapassar os obstáculos que surgem, mediante o nosso esforço e mérito, mas a ambição doentia, que nos faz procurar sempre o caminho mais fácil, mesmo que seja um atalho ilegal e desonesto.

Cada vez mais se cultiva a cultura de que para crescer na vida pe preciso pisar nos outros, usar as pessoas do nosso convívio como degrau para a nossa subida.

Pessoas com este perfil se apegam a uma velha, mas sempre presente frase absurda que diz que ‘os fins justificam os meios’.

São tantos atos insistentemente repetidos, todos os dias, por um número assustadoramente crescente de pessoas, que apesar de assustarem, de causarem tanta indignação e mal estar, são tão bem assimilados e rapidamente espalhados na convivência social atual.

É tão comum pessoas demonstrarem tanto espanto com alguns (muitos) acontecimentos que tomam conhecimento, expressam imensa indignação diante de certas atitudes que presenciam, mas ao mesmo tempo, não fazem nada para mudá-los, muito menos para impedir muitos deles.

O que se vê inúmeras vezes é a facilidade com que protagonizam estas mesmas situações que criticaram, assimilam e incorporam na própria vida, comportamentos que tantas vezes até mesmo condenam no outro.

Como fica mais cômodo e conveniente, passam inclusive a fazer de conta que é natural agir assim! E se empenham em convencer um número cada vez maior de pessoas a agirem da mesma forma, se deixando levar pela insensata maneira de viver e conviver que tanto mal acarreta, nos deixando com uma desconfortável sensação de medo, de indignação e de preocupação, no que diz respeito aos caminhos que têm tomado o nosso mundo.

Qual destino chegaremos, se insistirmos em ignorar valores éticos básicos e imprescindíveis para a boa convivência humana?

terça-feira, 17 de julho de 2012

Tudo que é bom dura pouco?

Dizem que “tudo que é bom, dura pouco”, ou ainda que “tristeza não tem fim, felicidade sim”. Muitas pessoas vivem, tentando se convencer disso. E algumas são tão convincentes, que acabam acreditando!

Acredito que nós é que valorizamos pouco os acontecimentos bons, mas em contrapartida, sentimos intensamente e damos uma importância imensa a tudo que nos causa desconforto e sofrimento.

Dê uma paradinha agora, e tente enumerar na sua mente, os episódios de tristeza pelos quais você passou nas últimas semanas.

Talvez você tenha se desentendido com alguém que você gosta (quando está em harmonia, com esta mesma pessoa, você consegue pensar nisso, e valorizar?), ou o ambiente no trabalho não está tão tranqüilo, como você gostaria que estivesse (você se lembra de sentir alegria quando está tudo correndo bem?) .

Tente se lembrar, da intensidade com que você vivenciou este sentimento, de quantos acontecimentos bons você deixou de perceber, de quantas sensações boas você se negou de sentir, pela falta de espaço na sua mente, já que ela estava quase que totalmente tomada por negativismo e por pensamentos dolorosos e aflitos.

Será que você tem conseguido dar tanta importância aos episódios de felicidade também?

Será que o sentir-se feliz para você, é tão importante e tão valorizado, quanto o sentir-se triste?

Nos últimos tempos, em quais situações, você consegue se lembrar, que conseguiu ser feliz? E nestas situações, será que você realmente teve a percepção deste sentimento e se deixou ser envolvida por ele?

terça-feira, 5 de junho de 2012

VIVER EM SOCIEDADE...


Muitas pessoas insistem em viver a vida, em se posicionar no mundo, como se fossem únicas. Como se o mundo existisse apenas para elas. Elas na verdade, não interagem. Apenas agem! Como se vivessem em um deserto, onde todo o espaço existente fosse exclusivamente para uso delas. Diante disso, agem constantemente e de forma natural, com extremo egoísmo, demonstrando que na verdade, estão preocupadas e empenhadas unicamente em resolverem os seus problemas. Não se importando nem por um segundo que seja, com o problema que por acaso podem estar acarretando para outras pessoas. O individualismo e o egoísmo destas pessoas chegam a tal ponto, que muitas vezes, se fazem de cegas, de surdas e de mudas, quando, por exemplo, diante de uma fila de banco, elas tranquilamente ignoram todos que estão esperando e tentam serem atendidas primeiro. Como reagiriam, se estivessem na fila? Ou então, quando propositalmente ofendem injustamente alguém, e se negam a pedir desculpas. O que sentiriam, se por algum acaso, a ofensa fosse dirigida a uma delas? Será que gostam de serem ofendidas? Ou ainda, quando param o carro no meio da rua, para conversar com alguém, mesmo que com isso atrapalhe a passagem de todos os carros que estão atrás dela. Quando uma delas é que está em algum destes carros atrás, como será que ela reage? E se estiver com pressa? Dificuldade cômoda e egoísta que algumas pessoas insistem em ter, de se recusarem a enxergar o outro e de, pelo menos de vez em quando se colocarem no lugar dele. Será que foge à capacidade de entendimento das pessoas egoístas, perceber que muitas vezes, o que dói nelas, o que as incomoda, tem uma grande possibilidade de doer no outro, de incomodar o outro também? Será que o egoísmo diminui a capacidade de raciocínio destas pessoas? Será que fica muito complicado para o cérebro delas entender que somos seres sociais, que para se viver em sociedade é fundamental ter limites, respeitar o outro, e o espaço dele? Será que ninguém explicou para elas ainda, que quem está na fila, também precisa ser atendido? Eu ainda não conheci ninguém que tem por hábito entrar em uma fila simplesmente porque não tem nada para fazer, para passar o tempo! Ou será que já lhes explicaram, mas é uma explicação complicada demais para elas entenderem? Quantos transtornos poderiam ser facilmente evitados, se as pessoas se dispusessem a realmente ver o outro como um igual, como alguém que sente, que algumas vezes também está atrasado e com pressa! Como alguém que também deseja ser respeitado e valorizado! Até quando algumas pessoas vão insistir em fazer valer de forma autoritária a vontade delas, mesmo percebendo o prejuízo que acarretam para um grande número de pessoas? Pessoas egoístas agem como se sentissem que são melhores e mais importantes do que o outro. Na verdade, insistem em fazer valer aquela antiga e irracional frase que diz “eu gosto de levar vantagem em tudo, certo”? Errado! Aliás, erradíssimo! Extremamente pouco inteligente e nada vantajoso para quem vive em sociedade!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Esquecimento

Estamos nos esquecendo que temos capacidade para sermos amáveis, gentis e solidários. Estamos nos esquecendo, o quanto faz bem dar um abraço nas pessoas que amamos, e como sentimos alegria, quando recebemos abraços afetuosos de pessoas que nos querem bem. Como resultado deste nosso “esquecimento”, constatamos um mundo que apesar de cada vez mais povoado, nos deixa com uma sensação crescente e incômoda de solidão..



Temos tanto a mania de esconder o nosso verdadeiro sentir, principalmente quando estamos tristes. Vivemos em uma sociedade, onde cada vez mais somos cobrados que temos que aparentar o que é esperado de nós. E assim, aprendemos a não ser, mas sempre e apenas parecer que somos...


Só existe o senhor que ordena, que tiraniza e que impõe, porque ele encontra pessoas dispostas a se submeterem, que acatam, e que clamam pela sua autoridade. Não existe a possibilidade de se formar um tirano, se não houver pessoas dispostas a incondicionalmente o obedecerem. Não acatar submissamente a tirania, é automaticamente tirar o poder de comando, e destituir o tirano! É recuperar a liberdade de levantar a cabeça e movimentá-la para o lado que quiser! Em todas as situações de vida!


Por que será, que tantas vezes nos recusamos em ser alegres, e preferimos abraçar a tristeza? Por que nos obrigamos a acomodar no incômodo, a nos satisfazer com o insatisfatório? Só para lembrar: por mais que eu insista em me manter estática, a vida continua, ela não pára para me esperar! Se você não se decidir a viver agora, corre o risco de ficar com a sensação de que perdeu muito tempo! E se o seu tempo acabar?

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Escolher é sério!


Todas as vezes que fazemos escolhas, não podemos nos esquecer que este ato sempre vem acompanhado de ganhos, mas também de riscos e perdas.

Optar por algo deveria ser uma atitude extremamente pensada, pois implica em assumir a escolha, em ter clareza que sempre teremos que abrir mão de algo. É importante termos sempre em mente isto, e toda vez que estivermos diante de situações nas quais temos que optar, termos o cuidado constante e a responsabilidade necessária de nos questionar se estamos dispostos a enfrentar os desafios, a arcar com as conseqüências das nossas escolhas, a abrir mão das outras opções, a viver de acordo com o que escolhemos.

Existem pessoas que, ao que parece, diante destas situações, costumam agir de maneira leviana, impensada e inconseqüente. Se deixam levar por impulso, pela empolgação momentânea e não pensam. Escolhem sem um mínimo cuidado em pesar ou medir as conseqüências das suas escolhas, e acabam fazendo opções das quais rapidamente se arrependem. E resistem. Se negam a arcar com as conseqüências.

Fazem escolhas, optam por determinadas maneiras de viver, e não aceitam abrir mão de outras. É comum, por exemplo, pessoas optarem por estilos de vida diferentes e completamente incompatíveis com aqueles que realmente desejam viver.

E assim, constantemente se sentem incomodadas, insatisfeitas!

E provocam sofrimento em outras pessoas também!

E procuram culpados pelo seu incômodo e pela sua insatisfação!

Insistem em querer viver várias formas de vidas, e assim, acabam por não conseguirem viver nenhuma de maneira intensa e verdadeira. Estão constantemente em conflito, tentando consertar os erros que resultam dos seus comportamentos equivocados.

Escolhem profissões que não gostam, pensando unicamente nos pontos positivos que acreditam que terão quando a exercerem, vivem relações afetivas que não lhes proporcionam satisfação e nem bem estar, escolhem parceiros e amigos que os desagradam em vários sentidos. E ainda reclamam das situações desagradáveis que constantemente vivem.

Conhecemos alguém um dia, que rapidamente demonstra características de personalidade e algumas (muitas atitudes) que nos desagradam, mas preferimos nos iludir com a possibilidade de mudanças desta pessoa. E começamos um relacionamento insistindo em acreditar (ou nos iludir) que ela irá mudar, que com o tempo e um pequeno esforço meu, ela irá se tornar aquela pessoa que eu quero que ela seja! Como isso dificilmente acontece, passamos a reclamar das decepções que vivemos. E a viver uma infindável guerra diária.

Ou ainda, existem aquelas pessoas que um dia resolvem se unir a alguém, compartilharem uma mesma casa e uma vida juntos, mas resistem em abandonar comportamentos, em abrir mão de hábitos que tinham antes desta decisão. Querem usufruir os direitos de se ter um parceiro, mas se recusam a cumprir os deveres que fazem parte desta escolha.

É importante se ter em mente que não existe a obrigatoriedade de se permanecer eternamente em uma situação simplesmente porque a escolhemos um dia. Não é justo sofrer uma vida inteira ou impor sofrimento eterno a alguém, por ter em determinado momento, optado equivocadamente.

Muitas vezes, assumir o erro da escolha é uma atitude realmente responsável e que requer muita coragem. Mas que nos deixa mais amadurecidos, cuidadosos e com total liberdade de vivermos exatamente da maneira que queremos!

sábado, 12 de maio de 2012

Guerra

Apesar do horror que sentimos diante das tantas guerras que independem de nós para serem declaradas, muitas pessoas ainda escolhem viver em constante guerra, num eterno conflito, numa interminável e desgastante disputa! 
Se posicionam na vida e nos relacionamentos, sempre declarando guerra, como se acreditassem que os inimigos estivessem por toda parte!
Desconfiam e muitas vezes brigam, com o parceiro, com os filhos, com os amigos, com os colegas de trabalho, com o funcionário do banco, do supermercado, da loja.Com a secretária real e eletrônica..

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Hoje

Por que insistimos em sofrer hoje,amanhã, depois e às vezes até mesmo vários anos, por um erro que tivemos ontem?

Por que insistir em se punir, em viver numa constante tortura, por algo passado?

Mania que tantas vezes temos, em nos cobrar demasiadamente, em querer porque querer ser infalível, absolutamente super! Em não saber conviver com o fato natural de ter errado um dia! 
... ...
Que dificuldade em se permitir apenas viver. Em aceitar que somos passíveis de errar, de nos enganar. Que viver hoje é bem mais saudável e agradável do que insistir em reviver o passado.

Até porque, só podemos viver bem amanhã, se estivermos atentos e vivendo de verdade o hoje..

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Tirania

Vale lembrar que só existe o senhor que ordena, que tiraniza e que impõe, porque ele encontra pessoas dispostas a se submeterem, que acatam, e que clamam pela sua autoridade. Não existe a possibilidade de se formar um tirano, se não houver pessoas dispostas a incondicionalmente o obedecerem. Não acatar submissamente a tirania, é automaticamente tirar o poder de comando, e destituir o tirano! É recuperar a liberdade de levantar a cabeça e movimentá-la para o lado que quiser! Em todas as situações de vida..

quinta-feira, 8 de março de 2012

Viva!


Algumas pessoas vivem constantemente insatisfeitas, com um imenso sentimento de vazio, e vez por outra, fazem uso de anestésicos para conseguirem “levar a vida”, como se não fosse possível viver! È comum estas pessoas estarem sempre sonhando e esperando que algum dia isto irá mudar, que a insatisfação que sentem irá desaparecer (sem que façam nenhum movimento, nenhum esforço), como que se iludindo que a qualquer momento vai cair do céu uma solução mágica que vai varrer da vida delas tudo que as incomoda e que as faz sofrer. É como se com esta ilusão, com este sonho eterno, conseguissem regular a saúde mental e a alegria de viver delas. Buscam avidamente preencher a sensação de vazio que insiste em lhes acompanhar, de mil maneiras: entrando em lojas e comprando algo, comendo demais, ingerindo bebidas alcoólicas de maneira descontrolada (para “ficar alegre”, pelo menos momentaneamente, ou ainda de maneira não verdadeira). E vivem tentando se enganar, tentando fazer de conta que “um gole de cerveja”, ou aquele objeto que compraram (na maioria das vezes supérfluo, sem nenhuma utilidade para elas) podem realmente mudar o seu estar, podem lhes proporcionar uma felicidade verdadeira, podem reverter a insatisfação que sentem com uma maneira de viver e de ser que lhes causa desconforto, tristeza! Quando a realidade fica mais forte, quando os anestésicos já não funcionam mais, é comum estas pessoas começarem a adoecer de verdade, a se consumirem e se maltratarem com variados tipos de dores. Passam a sentir angústia, a sofrer de terríveis e incômodas insônias, a não sentir fome, a não conseguir nem mesmo sentir alegria por fatos que até então lhes proporcionavam alguma satisfação. Perdem muitas vezes até mesmo a vontade de viver. Idealizam a morte, como a solução. Não a morte como o fim da vida, mas como um fim para os acontecimentos que as atordoam. A morte dos seus problemas, da sua incômoda e constante insatisfação! Sentem de maneira dolorosa, a necessidade de mudar, mas diante da própria fragilidade, tantas vezes se sentem incapazes para isto. As “doenças” se agravam, ou melhor, dizendo, os sintomas se tornam mais fortes. Ou aceitam estes sintomas como alertas, e procuram soluções realmente alternativas e resolutivas, ou os incorporam como sinais de doenças e se enchem de remédios paliativos. Ou fazem um balanço sincero da vida e abraçam a possibilidade e a capacidade que todos temos de sermos felizes, ou se conformam em morrer lentamente em vida, todos os dias um pouquinho. Mesmo sabendo que um dia morreremos por inteiro! Será que temos o direito de desperdiçar a nossa vida, de nos maltratar tanto, de não nos permitir a felicidade?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ser Humano

Tantos sentimentos bons, saudáveis, que não são revelados! Que nunca chegam a ser claramente expressados, pois são tão bem sufocados dentro do nosso peito. Tanta vida que passa sem ser vivida na intensidade que toda existência merece ser vivenciada. Tantas artimanhas usadas para não se viver de verdade. Tantas justificativas são dadas para o medo que tantas vezes temos de simplesmente ser e atender aos nossos sentimentos....

Ser Humano

Ser Humano

Tantos sentimentos bons, saudáveis, que não são revelados! Que nunca chegam a ser claramente expressados, pois são tão bem sufocados dentro do nosso peito. Tanta vida que passa sem ser vivida na intensidade que toda existência merece ser vivenciada. Tantas artimanhas usadas para não se viver de verdade. Tantas justificativas são dadas para o medo que tantas vezes temos de simplesmente ser e atender aos nossos sentimentos....

Ser Humano

Gosto de pessoas


Gosto de pessoas autênticas, sinceras,afetuosas,delicadas, gentis! Pessoas cujas demonstrações de carinho são apenas isso mesmo, ou seja, demonstrações de bem querer, de apreço, de respeito. E não uma artimanha planejada e usada simplesmente para ganhar a minha confiança, e depois tirar algum proveito disso.


Como gosto de pessoas com genuíno respeito umas pelas outras! Por nada não, apenas por gostarem de ser respeitadas e por entenderem que todos merecem igualmente serem respeitadas. Por aceitaram a lógica incontestável, que apesar de sermos seres individuais e complexos, existe uma grande possibilidade de termos muito em comum. Que o que me aborrece e me incomoda, pode também, com grande possibilidade, aborrecer e incomodar o outro.


Gosto muito de pessoas que sempre se colocam no lugar do outro quando agem, e assim, são muito mais cuidadosas com as atitudes do dia a dia...

Viver é...

Viver é,tantas vezes, levantar, sacudir a poeira, dar a volta por cima, ou dependendo da situação, ficar um pouquinho deitado no chão, recuperando as forças e o fôlego para uma nova caminhada em direção das nossas metas.


Viver é fundamentalmente saber usar os erros como aprendizado e experiência para os futuros acertos. E sempre se empenhar para acertar cada vez mais...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Somos tão adaptáveis!!!

Todos nós, temos várias capacidades que podemos usar, todas as vezes que julgarmos necessário, para vivermos bem. Ou mal! Uma delas, é a grande capacidade que todo ser humano tem, de se adaptar. Ela é incrivelmente imensa! Somos capazes de nos adaptar às mais diferenciadas situações de vida. Devido a essa capacidade, conseguimos criar condições para vivermos nas mais inusitadas situações : tanto as agradáveis e prazerosas, quanto as desagradáveis e causadoras de sofrimento. Algumas pessoas, não abrem mão de viverem bem, e terminantemente se recusam em adaptar em situações de vida que lhes proporcionem mal estar. Lutam por uma vida satisfatória. Estão sempre prontas e dispostas a realizarem mudanças, sempre que se sentem incomodadas e insatisfeitas com as situações em que vivem. Mas, por outro lado, ao que parece, existem pessoas que fazem uso da capacidade de adaptação, para se forçarem a viver de maneira incômoda, e constantemente estão procurando meios e desculpas, para se acostumarem com situações de vida claramente insatisfatórias. Se agarram na idéia de que podem se acostumar com tudo. E nesse tudo aí, entra inclusive se adaptar  com uma vida infeliz. Às vezes, passam por um longo aprendizado. Constantemente, e intencionalmente se submetem a pequenos sofrimentos, e gradativmente, de forma quase imperceptível, vão aumentando este sofrer. Até chegar ao ponto de virar hábito, e assim, passam a acreditar que realmente necessitam de sofrimentos. E chegam inclusive a sentir falta das situações que as fazem sofrer. Se viciam. Alguns casais, por exemplo, às vezes passam longos anos da vida se relacionando de maneira doente, um causando grande mal ao outro. São dias, semanas, meses e até anos de briga constante, de mal estar intenso na vida deste casal, e um dia, quando um dos dois faz a opção pela felicidade, e resolve que quer ser feliz, que quer tranquilidade, que realmente não vê mais motivos para permanecer preso a esta desunião, o outro se desespera, não aceita, e procura de todas as formas criar situações para não permitir o fim de uma vida intranquila, da ausência de felicidade. Resiste, pois passa a sentir falta das brigas, das constantes desavenças, da rotina de sofrimento com a qual já havia se acostumado. Já estava adaptado em não viver, em não ser feliz, em não ter tranquilidade e nem harmonia. E tem muito medo de reaprender!   

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A vida está aí...


Por que será, que algumas pessoas se recusam em ser alegres, e preferem abraçar a tristeza? Por que elas se obrigam a acomodar no incômodo, a se satisfazer com o insatisfatório? Qual a finalidade em manter um longo e próspero caso de amor com uma maneira de viver que causa desconforto? Por que será, que estas pessoas insistem tantas vezes em permanecer em situações que lhes desagradam? Em repetir comportamentos e viver relacionamentos que lhes causam sofrimentos? Reclamam do emprego, do (a) parceiro (a), do lugar onde vivem, das pessoas com as quais se relacionam, da vida que levam... Mas não fazem absolutamente nada para mudar. 

Quantas vezes nos percebemos novamente repetindo situações desagradáveis em nossas vidas, mesmo tendo nos prometido por diversas vezes que nunca mais aceitaríamos passar por aquilo novamente! Temos tanta dificuldade e tanta resistência em pelo menos tentar ser feliz, que nos agarramos de forma desesperada e sofrida em situações e relacionamentos que nos impedem de realmente viver, de ir ao encontro de uma felicidade sonhada. Incrível perceber as inúmeras justificativas que usamos, para permanecer em situações e termos comportamentos que nos prejudicam. 

Insistimos em usar escoras, muitas vezes por comodismo. Ou será por medo de realmente dar certo e ser feliz! Vivemos tantas vezes em estado de quase letargia e de total comodismo diante do que nos incomoda, como se não houvessem outras alternativas, como se fosse impossível viver de outra forma. Nos forçamos tantas vezes a tentar conviver com situações que nos provocam insatisfações. Passamos às vezes uma vida inteira nos forçando a aceitar o inaceitável. Insistimos em querer nos conformar e aprender a conviver com o intolerável, mesmo sabendo a todo instante o mal que isso nos faz. 

Esquecemos tantas vezes que o mundo é dinâmico, que a vida sempre está em movimento. Não adianta se esforçar para não enxergar e insistir em ignorar, pois os caminhos existem e são muitos. E bastante variados também! Mas nos negamos tantas vezes em vê-los! Resistimos tanto em tomarmos decisões, em trilharmos outros caminhos, mesmo quando constatamos ser a melhor solução. De onde será que origina esta dificuldade em se permitir ser feliz? Só para lembrar: por mais que você insista em se manter estático, a vida continua, ela não pára para te esperar!