Todas as vezes que fazemos escolhas, não podemos nos esquecer que este ato sempre vem acompanhado de ganhos, mas também de riscos e perdas.
Optar por algo deveria ser uma atitude extremamente pensada, pois implica em assumir a escolha, em ter clareza que sempre teremos que abrir mão de algo. É importante termos sempre em mente isto, e toda vez que estivermos diante de situações nas quais temos que optar, termos o cuidado constante e a responsabilidade necessária de nos questionar se estamos dispostos a enfrentar os desafios, a arcar com as conseqüências das nossas escolhas, a abrir mão das outras opções, a viver de acordo com o que escolhemos.
Existem pessoas que, ao que parece, diante destas situações, costumam agir de maneira leviana, impensada e inconseqüente. Se deixam levar por impulso, pela empolgação momentânea e não pensam. Escolhem sem um mínimo cuidado em pesar ou medir as conseqüências das suas escolhas, e acabam fazendo opções das quais rapidamente se arrependem. E resistem. Se negam a arcar com as conseqüências.
Fazem escolhas, optam por determinadas maneiras de viver, e não aceitam abrir mão de outras. É comum, por exemplo, pessoas optarem por estilos de vida diferentes e completamente incompatíveis com aqueles que realmente desejam viver.
E assim, constantemente se sentem incomodadas, insatisfeitas!
E provocam sofrimento em outras pessoas também!
E procuram culpados pelo seu incômodo e pela sua insatisfação!
Insistem em querer viver várias formas de vidas, e assim, acabam por não conseguirem viver nenhuma de maneira intensa e verdadeira. Estão constantemente em conflito, tentando consertar os erros que resultam dos seus comportamentos equivocados.
Escolhem profissões que não gostam, pensando unicamente nos pontos positivos que acreditam que terão quando a exercerem, vivem relações afetivas que não lhes proporcionam satisfação e nem bem estar, escolhem parceiros e amigos que os desagradam em vários sentidos. E ainda reclamam das situações desagradáveis que constantemente vivem.
Conhecemos alguém um dia, que rapidamente demonstra características de personalidade e algumas (muitas atitudes) que nos desagradam, mas preferimos nos iludir com a possibilidade de mudanças desta pessoa. E começamos um relacionamento insistindo em acreditar (ou nos iludir) que ela irá mudar, que com o tempo e um pequeno esforço meu, ela irá se tornar aquela pessoa que eu quero que ela seja! Como isso dificilmente acontece, passamos a reclamar das decepções que vivemos. E a viver uma infindável guerra diária.
Ou ainda, existem aquelas pessoas que um dia resolvem se unir a alguém, compartilharem uma mesma casa e uma vida juntos, mas resistem em abandonar comportamentos, em abrir mão de hábitos que tinham antes desta decisão. Querem usufruir os direitos de se ter um parceiro, mas se recusam a cumprir os deveres que fazem parte desta escolha.
É importante se ter em mente que não existe a obrigatoriedade de se permanecer eternamente em uma situação simplesmente porque a escolhemos um dia. Não é justo sofrer uma vida inteira ou impor sofrimento eterno a alguém, por ter em determinado momento, optado equivocadamente.
Muitas vezes, assumir o erro da escolha é uma atitude realmente responsável e que requer muita coragem. Mas que nos deixa mais amadurecidos, cuidadosos e com total liberdade de vivermos exatamente da maneira que queremos!
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